Violência sem fim

Violência sem fim

NA GRANDE ÁREA

 

NOSSA sociedade está doente. O principal sintoma é a banalização da vida. Assistimos isso diariamente e de muitas formas: na agressividade do trânsito, na quantidade de roubos, nos tiroteios em rotatórias, em todo lugar há riscos. 

 

POR ISSO, lamentavelmente, a morte estúpida e inaceitável da jovem Gabriela Anelli entrará apenas nas estatísticas da violência no futebol. Prova disso é que ontem mesmo, se alguém pesquisasse nos sites esportivos, não encontraria mais nada sobre o assunto. 

 

AS DEZENAS de artigos publicados ao longo da semana, cobranças pertinentes sobre a segurança dos torcedores, apenas cumpriram funções jornalísticas. Buscar um lanche na esquina, atravessar uma rua em Limeira ou participar de um “esquenta” antes de um jogo, impõe riscos a qualquer pessoa. Cabe a qualquer um se proteger. 

 

PORQUE não tem jeito. Por mais que inventem medidas preventivas, haverá sempre uma brecha, uma falha, e o que é pior: um maluco com disposição de arremessar objetos que possam matar alguém. Um doido que mexa com a mulher do próximo, que faça uma provocação racista; pra mim, chega, não há mais o que fazer. 

 

É COMO a situação de proibir venda de cerveja nos estádios. Sempre fui contrário, porque isso “obriga” o consumo fora das arenas. Quando se vendiam aquelas Brahmas barrigudinhas no Limeirão, todos subiam as escadarias das cativas, no intervalo, para buscar seus copos. Não me lembro de maiores confusões. Restringir é convidar o ambulante a lotar seus isopores com o tipo de bebida. Isso estimula o consumo exagerado antes das partidas. Que Deus conforte a família da jovem Gabriela, trágica vítima da violência urbana deste país, e não do futebol, exatamente. 

 

A INTERNACIONAL deve ter muito cuidado para avaliar a proposta do Bahia em torno da SAF. O modelo é moderno, em princípio pode conduzir a Veterana a um outro patamar e, comparada a outros times brasileiros, a Inter possui uma dívida equacionável. O problema estará na utilização do Limeirão, que é municipal, restando saber se o modelo visará apenas o comércio de atletas ou pensar além, quem sabe, reconduzir a alvinegra ao  Brasileirão. 

 

POR FALAR em Internacional, jogando em Cascavel, neste domingo, 16, às 16hs, o time tem condições de subir na tábua de classificação. O Leão está melhor. Já o Independente jogará neste sábado em Catanduva, 15, às 15:30hs.  

 

EMBORA mantenha suas chances de seguir na Sul-Americana, o Timão pode cair do telhado se perder para o América/MG neste sábado. Acho improvável, mas isso passa pelos pés de Renato Augusto, essa é a verdade. 

 

E O VERDÃO, hein? Coincidência ou não, a queda começou quando o foco saiu do gramado e se voltou para as arbitragens. Palmeiras terá que jogar muito neste domingo, 16, às 18:30hs, para superar a má fase e o Inter em Porto Alegre. Outras duas partidas para ficarmos de olho: o Fla-Flu no Maracanã e o Sansão no Morumbi, ambos às 16hs. Ótimo final de semana, amigos!    

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