Um piscar de olhos

Um piscar de olhos

Ponto Um

 

Confesso que a escolha não se deve à falta de tempo, nem de assunto. Hoje prefiro transcrever, e não escrever, porque ainda é tempo de definir metas. O jornal O Globo, publicou a história de “uma enfermeira australiana que trabalha com cuidados paliativos – práticas assistenciais para pessoas com doenças incuráveis”. Bronnie Ware, de 56 anos, “ficou tão impactada ao acompanhar pacientes nas últimas semanas de vida que decidiu compartilhar as reflexões feitas por eles em um blog”. Eis um resumo de suas anotações sobre os cinco principais desejos: 

  1. ‘Gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim’. Segundo conta a enfermeira, esse foi o arrependimento mais frequente. “Quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olham para trás com clareza, é fácil ver quantos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não honrou nem metade deles e teve que morrer sabendo que isso se devia a escolhas que fizeram ou não”, escreveu Bronnie.
  2. ‘Gostaria de não ter trabalhado tanto’. O arrependimento ligado ao excesso de trabalho durante a vida também foi frequente – especialmente entre os homens, afirma a escritora. “Sentiam falta da juventude dos filhos e do companheirismo da parceira. Todos lamentaram profundamente ter passado grande parte de suas vidas em excessivas rotinas profissionais.
  3. ‘Gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos’. “Muitas pessoas reprimiram seus sentimentos para manter a paz com os outros. Como resultado, eles se contentaram com uma existência medíocre e nunca se tornaram quem realmente eram capazes de se tornar. Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ao ressentimento que carregavam como resultado”, refletiu a escritora. 
  4. ‘Gostaria de ter mantido contato com meus amigos’. A enfermeira conta que muitos pacientes apenas percebiam a falta que os amigos faziam no fim da vida, quando em alguns casos já não dava mais tempo para localizá-los.
  5. ‘Gostaria de ter me permitido ser mais feliz’. Segundo a profissional, esse arrependimento é surpreendentemente comum. Ela diz que muitos percebem apenas no final da vida que permaneceram presos a velhos hábitos e padrões e que não se permitiram fazer o que de fato as deixava felizes”.

E então? Mãos à obra porque ainda é tempo de mudar! 

Roberto Lucato

Ilustração: Freepik

 

Compartilhar esta postagem