Tostão, um poeta

Tostão, um poeta

Na GRANDE Área

 

AINDA me encontro com muita gente, em minhas idas e vindas pela cidade, perguntando quando volta a Segunda Esportiva e quando voltarei a comentar futebol. Claro que fico feliz com essas manifestações, e às vezes respondo com um tímido “quem sabe”, mas no fundo, não mais. Em um sábado como esse, de carnaval, era certeza: a Inter sempre jogava em cidades distantes e tinha que preparar todo o suporte para os meus companheiros. 

 

MALETAS de transmissão, equipamentos, carro, recursos, hospedagem, etc. Hoje é mais fácil, verdade, principalmente cobrir a primeira divisão, com jogos transmitidos pela TV.  Ninguém mais viaja ou vai aos estádios de fora, mas, mesmo assim é sempre muito trabalhoso, além de ser um trabalho pouco reconhecido, não pelos torcedores, mas por apoiadores. Desta vez, quem diria, a Veterana joga no Limeirão, contra o Botafogo de Ribeirão Preto. 

 

TOSTÃO, mais uma vez, foi autor de um artigo belíssimo publicado na Folha de S. Paulo no meio da semana. Ele fez uma comparação realista entre três clássicos que envolveram, pela ordem, Flamengo x Vasco; Atlético/MG x Cruzeiro e Palmeiras x São Paulo. Só a estatística que ele coloca no início do texto resume sua avaliação destes jogos. 

 

O CRAQUE observou o seguinte: “Os três clássicos do último final de semana no Brasil foram muito fracos. Nas três partidas houve 102 faltas, um horror. Na vitória por 3×1 do Manchester City sobre o Brentford, pelo Campeonato Inglês, houve quatro gols e cinco faltas”. Além das críticas aos jogos em si, ele demonstrou preocupação com Dorival Júnior, que promete convocar mais jogadores que atuam no Brasil. 

 

PARA Tostão, “A convocação de alguns jogadores que atuam no Brasil é esperada desde que não sejam muitos. A referência principal de Dorival Júnior deveria ser a qualidade individual e coletiva do que é feito nas principais equipes europeias”. E conclui magistralmente. 

 

“NO MEU mundo ideal – diz Tostão – queria assistir aos jogos de futebol e acompanhá-los com o olhar de um poeta, para aproveitar melhor a beleza do espetáculo. No meu mundo real, preciso ser também um analista pragmático, técnico e tático. Tento unir os dois mundos. Muitas vezes não consigo”. 

 

 A DERROTA contra o Novorizontino não causou a queda de Mano Menezes, mas apenas indicou que o elenco não estava nem aí com ele, e reciprocamente. Mano teve uma passagem frustrante, arranhou muito de sua imagem com a torcida e seguirá como mais um credor do Timão à espera de um PIX. 

 

AO CONTRÁRIO, a derrota do Verdão para o Tricolor não causou nenhum dano para Abel Ferreira. O curioso é que dez entre dez torcedores verdes me disseram que, em disputa por pênaltis, uma coisa é certa: O Palmeiras perde. Por que? É uma espécie de maldição ou faltam treinos específicos? O português não é o máximo? Ótimo final de semana, amigos, e bom carnaval para quem ainda se lembra disso… 

Foto: Ilustração Instagram Tostão

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