Segue, necessária, a Operação Escudo

Segue, necessária, a Operação Escudo

Na expectativa de concluir algumas demandas no litoral, mais especificamente em Guarujá, acompanho o desenrolar da Operação Escudo, agora sob ataque da Defensoria Pública de São Paulo e a organização da sociedade civil Conectas Direitos Humanos. Ambas ingressaram na Justiça pedindo a instalação de câmeras de filmagem em todos os policiais que desenvolvem as ações; do contrário, ou seja, caso o Estado não consiga cumprir a exigência, que a operação seja encerrada imediatamente. Não creio que o governador Tarcísio de Freitas mexa uma vírgula nesta questão, porque estaria desmoralizando a corporação, que por sinal segue firme e forte. Ainda ontem à tarde, aguardando a expedição de protocolos no fórum instalado na rua Silvio Daige, contabilizei a passagem de uma viatura a cada três minutos pela frente da sede do poder Judiciário. Na orla da Enseada, onde ficam as sagradas areias do turismo, também o número de viaturas impressiona, tanto da polícia militar, como da guarda civil metropolitana. Mas o que querem os fiscalizadores dos direitos humanos, então? Comparar a morte de 28 pessoas, na Operação Escudo, com o Massacre do Carandiru? Apontar os excessos? É uma situação complexa, porque no fundo, as pessoas das chamadas comunidades, que adoram dar depoimentos às emissoras de TV dizendo que sentem medo, o que elas querem, de verdade, é que a polícia saia do morro. Da favela. Porque, lamentavelmente, elas são tuteladas pelo crime. São os filhos e filhas dessas mães, que dizem temer a polícia, que ganham trocados pela venda de entorpecentes. Portanto, a permanência dos policiais atrapalha os “negócios”, e é isso o que os defensores dos direitos humanos parecem não compreender. Neste ponto não se discute a letalidade policial, mas a sua simples presença no meio criminoso. O Estado não pode abrir mão deste enfrentamento, especialmente quando a situação beira o descontrole, o que há anos acontece em Guarujá, em particular. Faz tempo que se juntaram aos punguistas de correntinhas de ouro e celulares, representantes do crime organizado, gestores informais das “comunidades”. É uma pena, mas é realidade também.

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