São Paulo tem apenas uma chance de perder
Na GRANDE Área
HÁ MUITA polêmica sobre a invenção do futebol, ou qual foi sua inspiração. Alguns dizem que os chineses chutavam bolas de couro há cinco mil anos, como treinamento militar para acertarem as cabeças dos inimigos.
NO BRASIL isso é fácil. Charles Muller trouxe bolas e livros de regras para São Paulo em 1894. Seis anos mais tarde, em 1900, seria fundado o time gaúcho de Rio Grande, vinte e três dias antes da fundação da Ponte Preta. O Tricolor paulista, somente em 1930 passaria a existir, mas sobre o Clube da Fé falaremos adiante.
O QUE gostaria de ponderar é que a maioria dos esportes depende de arbitragem. Já imaginaram uma luta de boxe sem mediação? Portanto, o árbitro de futebol deve ter sido inventado ao mesmo tempo que o esporte, ou logo depois que surgiram as primeiras pancadarias em campo.
E O QUE TORNA o futebol o esporte mais praticado no planeta e o mais assistido? A discussão. Não há briga em jogos de damas e xadrez. Assim sendo, é uma grande bobagem esticar o assunto sobre os erros cometidos pela arbitragem. O pênalti não assinalado para o Grêmio foi excessivamente comentado, e foi só… mais um pênalti não observado. Acontece a toda a hora.
E DIGO MAIS. Existem lances difíceis, mas aprendi com o professor Flávio de Carvalho que o olhar do árbitro é diferenciado, como se tivesse 180 graus. Há muita gente que gosta de apontar o dedo, mas só faz isso depois de rever 10 vezes a imagem. Assim é fácil. Dentro de campo as decisões são instantâneas, com lances cada vez mais velozes. Concluindo, quem reclama de arbitragem é porque não teve competência para construir seu próprio placar. Por exemplo, como fez, mais uma vez, o chatíssimo, o mega chato, o insuportável, Abel Ferreira.
O SÃO PAULO fez um jogo inteligente no Rio, conforme especulamos aqui. Adiantou sua marcação e não ficou esperando o Flamengo, o que seria um erro. Depois, foi uma equipe mais disposta dentro de campo e beneficiada pelas alterações certeiras, nos nomes e no tempo, feitas por Dorival Júnior.
DORIVAL conhece bem o elenco flamenguista e estará preparado para eventuais surpresas que possam acontecer. Embora não torça para isso, seria bacana ver esse troco, especialmente pela forma como foi dispensado das Gávea. A arrogância rubro-negra, naquela altura, estava em seu nível máximo.
SÓ VEJO uma chance de uma conquista do Flamengo no Morumbi, que não tem nada a ver com a volta de Arrascaeta. O presidente do clube carioca deveria fazer duas promessas na preleção. A primeira, dividir o prêmio de 50 milhões caso o caneco seja levantado. Pessoal ralaria. A segunda, que logo depois que as medalhas estiverem no peito, Sampaoli seria sumariamente demitido. Fora essa hipótese, não vejo a menor chance.
ACHO QUE só assisti o GP do Japão uma vez na vida, tempos de Nelsinho Piquet. Nunca mais. Ótimo final de semana, amigos!
Foto: Divulgação São Paulo FC