Santa Casa, patrimônio de Limeira
EDITORIAL
O destaque feito pelo jornalista José Antonio Encinas no programa Farol de Limeira desta quarta-feira, 18, não foi somente merecido como atesta que a Santas Casa continua sendo uma grande referência na saúde de nossa cidade. Para contextualizar, “a Santa Casa de Limeira recebeu oficialmente o selo de recertificação de conformidade CQH (Compromisso com a Qualidade Hospitalar), mantido pela Associação Paulista de Medicina (APM). Com a recertificação, a Santa Casa está entre os dez hospitais selados no Brasil”. Segundo informações do próprio hospital, “o Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar é uma ação de adesão voluntária com intuito de trazer melhorias e qualidade ao atendimento prestado. Para conquistar este selo, é necessário passar pelo processo de avaliação, onde são avaliados os requisitos do roteiro do CQH”. Acredito que a maioria dos limeirenses tem algum tipo de história para contar sobre este patrimônio. Eu possuo várias, incluindo quando meu pai teve que tomar uma difícil decisão. Meu irmão havia se acidentado de moto e exibia várias fraturas, na perna e nos dois braços. A situação era muito delicada e, ainda nos arredores da enfermaria principal, no setor de emergência, alguém sugeriu que ele fosse enviado para a Unicamp, em Campinas, devido à melhor estrutura. Naquela ocasião meu pai já conhecia, de longa data, o também saudoso Dr. Odair Camargo, e então, exibindo a angústia que somente um pai sente nesta ocasião, olhou para mim e disse: “Betinho, é melhor que ele fique aqui; tenho certeza de que o Baxo (apelido do meu irmão) será bem cuidado e estará em boas mãos”. Ele estava certo pois neste momento começaria um longo período de recuperação que durou mais de três meses. Isso tem mais de trinta e cinco anos, seguramente; a Santa Casa passou por várias administrações, tornou-se referência em vários setores e é ótimo saber que, sem a ostentação típica de hospitais privados, ela segue perseguindo suas principais missões, de salvar vidas e confortar os angustiados. Cumprimentar os antigos e atuais gestores, é o mínimo que devemos fazer.