Piscinas da discórdia
EDITORIAL
Principalmente à época dos governos Jurandyr Paixão foram construídas várias piscinas nos centros comunitários de Limeira. Basicamente, se foi essa a intenção, elas possuem dupla destinação: esportiva e de lazer. Como não há casas sem telhado, desde que o primeiro balde de cloro foi jogado em cada uma delas, ficou evidente que haveria a exigência de manutenção permanente. E que, paralelo a isso, vários profissionais de educação física deveriam ser contratados para coordenarem atividades esportivas e recreativas em cada uma delas. O que não se imaginou, entretanto, foi como torná-las socialmente aproveitáveis nos finais de semana. Durante as administrações do ex-prefeito Pedrinho Kuhl houve muito trabalho para mantê-las em pleno funcionamento devido as invasões contantes, e não só isso, com o furto de equipamentos necessários para o tratamento da água. Desde então, claramente surgiu um impasse de responsabilidade entre o Ceprosom e a secretaria de Esportes, pois as atividades e a manutenção caberiam à segunda pasta. Voltando ao ponto inicial, do “socialmente aproveitáveis”, ocorre exatamente aos finais essa demanda, quando o funcionalismo público descansa. Sobra, portanto, para os comissionados, que ao executarem essa tarefa perdem o direito ao descanso. A secretaria de comunicação da Prefeitura informou que no último final de semana três piscinas foram abertas à visitação pública, com o cadastramento dos usuários. Uma medida louvável, mas que correrá os mesmos riscos de sempre: invasões, depredações e incidentes entre os frequentadores. E isso tem data para acontecer: nos finais de semana do Natal e Ano Novo, quando estarão fechadas. Tomara isso seja apenas um palpite infeliz, mas as piscinas públicas de Limeira devem protegidas permanentemente por agentes de segurança, do contrário seguirão sendo permanentemente logradouros de cobiça e riscos.
Roberto Lucato
Ilustração: Freepik