O STF, tirando o atraso
O comentário de hoje é curto, mas não menos importante quando se trata desta república de bananas chamada Brasil. Ana Paula Henkel, enquanto comentarista da Jovem Pan no auge de audiência do programa Os Pingos nos Is, incluía em suas críticas sobre o processo eleitoral em curso, a possibilidade de o PT incluir no STF, no mínimo, mais dois representantes. Ou seja, caso Lula vencesse as eleições, como ocorreu, em poucos meses ele faria indicações nada conservadoras ao Supremo, mantendo o desequilíbrio ideológico que se mantém há tempos. Lula mandou Cristiano Zanin vestir a primeira toga, e ainda que em princípio não se demonstre progressista, não há dúvidas que será acionado em momentos mais difíceis, por exemplo, quando algum figurão do PT for preso por desviar recursos públicos. Mas por que Ana Paula se preocupava tanto? As discussões ideológicas não são simples de se decidir, porque misturam crenças, tradições e até religião. Com um Supremo desequilibrado como está, a tendência é a da continuidade desse massacre progressista, culminando ontem com o voto de Rosa Weber para a descriminalização do aborto. Antes de ontem, foi a vez dos índios… Quase fui às lágrimas ao ver aquele povo cheio de penas na cabeça festejando uma decisão de favas contadas. A dimensão deste estrago é enorme e assim continuará a acontecer: cada ação protocolizada no STF questionando uma causa com viés ideológico, não apenas será acolhida como julgada favoravelmente aos atores da esquerda, ou seja, representantes do PT, PSOL, PC do B e qualquer outro grupo comunista que assim se apresente. As previsões de Ana Paula não só se materializaram como se tornarão ainda piores com a indicação do substituto da presidente da corte. As melancias estão soltas…
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