Na Grande Área

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NA GRANDE ÁREA 

 

NÃO é difícil explicar a euforia até da crônica esportiva depois da nossa vitória contra os ingleses, como o alívio pelo empate contra a Espanha. No primeiro jogo também estava curioso para conhecer o novo perfil da seleção, pois ninguém acreditava que Dorival Jr., praticamente sem treinos, pudesse extrair algo mais de seus jogadores. 

 

É BOM lembrar que o treinador brasileiro, experiente como é, incorporou ao elenco alguns atletas com os quais trabalhou recentemente, portanto os conhecia bem. Dorival sabia que eles entenderiam mais facilmente suas colocações e por isso, tanto no primeiro como no segundo jogo, ele não economizou nas substituições.

 

CONTRA os ingleses, a seleção se comportou bem e arriscaria dizer, até de maneira surpreendente para o desespero dos adversários, que esperavam conter apenas a velocidade de Vini Júnior e Rodrygo. A entrada de Endrick, é claro, foi o fator surpresa que nos garantiu a vitória.

 

EM MADRI, no entanto, tudo começou mal. A marcação do pênalti inexistente e o lindo gol de Dani Olmo mexeram com os jogadores. Não fosse a “entregada” de Simon para Rodrygo diminuir, tudo poderia ter ficado mais difícil, mas o erro faz parte do jogo. Diferente de muita gente, achei que Beraldo tocou em Carvajal na disputa do lance e foi pênalti. Por que se a falta fosse na intermediária, ninguém reclamaria de um lance desse. 

 

O EMPATE fez justiça? Claro que não, porque o futebol costuma ser injusto. A Espanha teve quase 60% de posse de bola e acertou mais de 540 passes, demonstrando que o Tic Tac segue firme na terra das touradas. O Brasil, por sua vez, chutou apenas 12 vezes contra as metas adversárias, acertando em apenas 6 ocasiões. Significa que a tendência é o Brasil apresenta um volume menor de jogo, e o desafio será manter a eficácia.  

 

HÁ MUITO trabalho pela frente, ainda. Nossos laterais são fracos no apoio e, o pior de tudo, se Lucas Paquetá voltou em grande estilo, ainda não temos um grande armador. Seria Neymar se ele estivesse em forma, mas dá para confiar no nível de seu retorno ao futebol? Dorival terá que encontrar essa peça sem a qual seu ataque morrerá de fome. 

 

E QUANTO a Endrick? Vamos lá. É um jogador em formação, não vamos esquecer, e isso requer um prazo de maturação. Será assim no Real Madrid, onde ninguém irá exigir nada logo de cara. Na seleção também. Ele terá tempo de assumir a titularidade, mas por enquanto estará de bom tamanho figurar como opção. 

 

GALO define sua sorte na quarta divisão do futebol paulista neste sábado, 30, quando enfrentará o Rio Branco em Americana. Tudo indica que será rebaixado, pois não depende apenas de suas forças, e se isso acontecer será uma longa caminhada até voltar até onde está. Toda a rodada será realizada às 15h. 

 

PARA fechar. Estranha essa história do Gabigol, não é mesmo? De um jeito e de outro, parece que esses deuses de barro estão sendo destruídos. O dinheiro não compra tudo, não é mesmo? A impunidade deve ser rechaçada sempre. Ótimo final de semana, amigos!

Roberto Lucato

Ilustração: Freepik

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