Na Grande Área

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A EDITORA Abril, na década de 1970, publicava os quadrinhos de Walt Disney. Era fã das revistas e dos “manuais”, e um deles foi dedicado ao futebol. Devorei, na época, o Manual do Zé Carioca, que trouxe histórias de jogadores, das competições e incluiu uma abordagem sobre esquemas táticos, quando vivíamos o auge do 4-2-4. 

 

PORÉM, décadas antes deste modismo, o técnico inglês (e professor de geometria) Herbert Chapman, do Arsenal, desenvolveu o “WM” na metade dos anos 1920. Ele buscava a adaptação de sua equipe a uma nova regra que acabara de ser inventada: o impedimento. O 3-2-2-3 estava estampado no “Manual”, o que mais tarde inspirou a chamada “flutuação de losangos”. Na prática, quando um  jogador estava com a bola, ele teria que possuir três opções de passe. 

 

PEPE Guardiola certamente não inventou a roda quando criou o Tic-Tac no Barcelona. Filpo Nuñes, nos anos de 1960, já era adepto deste estilo. Ele participou ativamente na formação da primeira academia do Verdão e tinha uma máxima: “No futebol, o homem que está sem a bola é mais importante do que o que está com a bola“. As semelhanças entre o seu “carrossel”, o Tic-Tac e WM começam naquilo que defino como “futebol solidário”. 

 

FOI O que o City impôs no massacre das arábias. Um erro grotesco de avaliação de Fernando Diniz, que sabia que encontraria um adversário que exerce marcação na saída de bola. O Fluminense manteve o esquema de sair jogando com a bola, sem chutões, e só se enroscou. 

 

CLARO, a diferença técnica entre os jogadores é considerável, o Flu é mesmo uma filial avançada do João Kuhl Filho, mas querer “jogar igual” não dá. Cada adversário apresenta um problema diferente para o treinador, que deve ser neutralizado. Diniz deixou claro que não está preparado para vôos mais altos em sua carreira, para a decepção de muitos, incluindo a minha. 

 

A GOLEADA apenas reflete a atual posição do futebol brasileiro no planeta bola. Fomos eliminados no Catar por um time mediano, mas experiente, que sabia se posicionar, se defender e explorar os contra-ataques. O “futebol bonito” planejado por Diniz dá certo quando as jogadas saem em bloco, o que não aconteceu em tempo algum. Uma pena, mas uma realidade. 

 

QUEM diria, Luis Suarez faz uma espécie de “volta ao lar” em 2024. Voltará a contracenar no Inter Miami com Lionel Messi, Busquets e Jordi Alba. Quem aplaudiu, além do torcedor, foi David Beckham, coproprietário do Miami. Depois dizem que o futebol não é uma negócio, não é? 

 

SE O FLAMENGO achou um absurdo o pedido de Gabigol para a renovação do contrato, o que o Corinthians está fazendo no meio desta confusão? Uma pena. Mudou a diretoria mas a incompetência continua a mesma, até pior. 

 

O ANO está chegando ao fim, mas agora é momento de reflexões e preparação para o Natal. Só posso desejar que o seu seja repleto de bons momentos, na paz de Cristo. Ótimo Natal, amigos!

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