Na GRANDE Área
QUANDO decidi aceitar o convite para conduzir a secretaria de Esportes, tinha plena noção que não era a mim que o prefeito cassado buscava, mas aquilo que representava na imprensa limeirense. Por isso, uma das primeiras atitudes que tomei foi contratar um jornalista bastante crítico daquele que adorava aparecer deitado na rodovia Limeira-Piracicaba.
COM O privilégio de contar com um suporte de altíssimo nível, liderado pelos professores Flávio de Carvalho e Vitor Buragas, e sob aconselhamento preciso do saudoso presidente Antonino, desde o início percebemos que enfrentaríamos dois grandes obstáculos: a costumeira falta de orçamento na área de Esportes e a paranóica vontade do prefeito cassado de aparecer.
SUA ESPOSA, que também experimentou a cassação, não deixava por menos e se esforçava para parecer uma excelente gestora dos Centros Comunitários, que dividia espaços com a nossa pasta. Mesmo caindo aos pedaços, esses núcleos deveriam passar a impressão de excelência no atendimento social.
O CASSADO era tão egoísta, que sobre a mesa de sua secretária, que curiosamente despachava no interior de seu gabinete, havia duas pilhas de processos administrativos: uma do interesse do alcaide, que portanto andava, e outra que ficava para depois.
SEU EGOCENTRISMO era tão torpe que nossa secretaria foi informada sobre a construção da pista de caminhada no Parque da Cidade depois de concluída. Fomos chamados apenas para demarcar a metragem, mas sabíamos com quem estávamos lidando. Tanto é que deu no que deu, e peço a Deus que afaste esta cidade de mãos tão rápidas para o próprio bem-estar.
OS JOGOS Escolares talvez tenham sido a nossa contribuição, que prosseguem até hoje com intensa participação da garotada e bem conduzidos pelo amigo Luis Augusto Zanon, Durante a semana, ele me enviou uma mensagem, emocionado, pela boa presença de público nas finais do basquete, sua modalidade predileta.
RESPONDI dizendo que durante a pandemia sentia falta de ouvir, do quintal de casa, o som dos tênis na quadra do Jardim Piratininga, e consequentemente o barulho que os jovens fazem ao celebrar a conquista de seus pontos. Zanon tem acumulado outras conquistas, mas sei que não se descuida das competições, do apoio ao esporte de base e aqui estamos falando de gestão esportiva.
POR ISSO muita gente que fez o “L” e, inocentemente, achou que o presidente ligaria a mínima para o esporte, se despontou. Ana Moser nem recebeu do ex-presidiário um agradecimento formal, prova de que ela era mesmo descartável.
O ESPORTE educa. Ajuda a compreender vitórias e derrotas, faz bem à saúde, fideliza amizades e impõe desafios construtivos. Só não dá voto, o que estraga a construção de todos esses predicados. Por isso insisto: não deixe de se exercitar e estimular os seus. Ótimo final de feriadão!
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