Mamães de sempre

Mamães de sempre

Mamães de sempre

 

Este chamado mundo moderno, o qual classifico como pós-contemporâneo, está repleto de opiniões. A todo momento inúmeros temas são inseridos no universo digital, desde as notícias rotineiras até valiosas sugestões – muitas vezes dispensáveis, também -, como dicas de como viver melhor. E mais. Recomendações como manter uma dieta equilibrada, se exercitar, promover a auto-estima, fazer amigos e, não raramente, cuidar dos relacionamentos, familiares em especial. E aqui reside um dinamismo assustador, e agora explico. Até poucas décadas o exercício da paternidade era meio padronizado. Como nunca houve um manual de instruções, pais e mães se esforçavam em cultivar aquilo que aprenderam, transmitindo aos filhos uma sabedoria empírica. Feita de experimentações familiares que, de certa forma, eram suficientes para suprir as necessidades básicas de um filho. Por exemplo, como se comportar na escola, à mesa, diante dos amigos, dos mais velhos, além de, fundamentalmente, manter as melhores práticas de uma “boa educação” como a conhecíamos. Entretanto, se a partir dos anos de 1960 começou um movimento em busca de maior liberdade, os pais desta geração tiveram que incluir, não apenas aquelas conquistas, importantes adaptações para esses “novos tempos”, dirigidas àqueles que chegariam à fase adulta na virada do milênio. Indiscutivelmente, neste ponto, as mães navegaram com extrema facilidade, demonstrando que não eram – como provavelmente nunca foram – meras repetidoras de um aprendizado. Porque o exercício da maternidade, rompidos outros cordões umbilicais, encontrou um mundo mais convidativo, até digital. As novas mamães, que parecem imunes ao passar do tempo, encontraram em melhores condições de liberdade e inclusão ferramentas mais interessantes para o exercício do amor. Porque, se amar é cuidar, e cuidar é perceber, talvez nunca tenha sido tão prazeroso educar alguém. Estar ao seu lado. Participar. Enfrentar de mãos dadas qualquer dificuldade para receber, ao final, aquelas imagens cheias de corações e beijocas no aparelho celular. Sim, essa nova geração de mães não têm idade até porque, para elas, isso não existe em relação aos filhos, todos “crianças”. Esses meninos e meninas, ao lado ou distantes,  sempre receberão o melhor das atenções. A mais pura devoção e o mais forte apoio em todos os seus sonhos e projetos. O “tal” amor de mãe é isso: inexplicável, ardente, único e eterno, posto que é reciprocamente imortal. A todas elas, presentes na terra ou no céu, um respeitoso beijo de gratidão!      

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