Jogar bonito ou vencer?
SE VOCÊ estivesse tranquilo, depois do expediente, tomando uma latinha de cerveja no balcão de um bar ou em uma loja de conveniência, e alguém se aproximasse e fizesse a seguinte pergunta: “quem joga mais bonito, hoje, Fluminense ou Palmeiras?”, o que responderia?
NÃO TORCENDO pelo Tricolor ou pelo Verdão, fato que tornaria a resposta óbvia, alguns poderiam cravar no pó-de-arroz carioca. O time de Fernando Diniz, a despeito de poucos tropeços, é o clube que apresenta o futebol mais vistoso, do jeito que o brasileiro gosta de ver. Com articulações partindo da meia-cancha, triangulações agudas e tendo à frente bons finalizadores.
QUEM OPTASSE pelo Palmeiras também estaria certo em boa medida. Com menos jogadores badalados e um craque decisivo, o Verdão possui outras características. Primeiro, é muito bem treinado. Os jogadores “compram” as propostas e as executam; depois, possui atletas versáteis, ótimos em alguns fundamentos importantes.
A DIFERENÇA, talvez, esteja no fato da confiabilidade se olharmos para a frente. “Jogar bonito” nem sempre produz os resultados esperados. Muitas vezes uma marcação mais alta ou, como dizíamos no passado, um “ferrolho” bem montado, deixariam o Flu com menos opções. No Palmeiras, estas dificuldades seriam superadas pelas opções montadas em treinamentos.
NESTA ALTURA, você com a cerveja esquentando, ouve outra pergunta: e, me diga, por que estão saindo tantos placares elásticos com outras equipes inferiores no Brasileirão? Se fosse eu no balcão, pediria mais uma e responderia assim: parece que alguns técnicos estão abandonando o tal de “jogar por uma bola”.
O CORINTHIANS, com problema defensivo acentuado, se expôs demais contra o Botafogo e levou três. O Grêmio se empolgou com o empate e tomou quatro do Verde. É assim que funciona então. Somente os treinadores conhecem seus elencos a fundo, e sabem os limites de cada atleta. Sem qualidade, entra a retranca.
TITE, de fato, possuía um ataque melhor do que a Croácia, mas um setor de meio-campo abaixo dos adversários. Ele não se importou com isso e foi engolido por três veteranos que não se cansaram de trocar passes o jogo todo. Foi aí que ele perdeu a Copa, e nós também.
PELA segunda rodada da série D do Brasileirão a Inter recebe o Cascavel neste sábado, 13, às 16hs, no Limeirão. O reencontro com a torcida será o combustível para a primeira vitória, depois do bom empate colhido fora de casa, na estreia.
JÁ O INDEPENDENTE também joga em Limeira neste final de semana. Receberá o Mogi Mirim no Pradão, domingo, 14, às 10:30, bem na hora da feira. Saber que o “Sapão” viveu seu auge há pouco mais de uma década, depois desceu a ladeira. De amado, Rivaldo nem passa perto de Mogi. Ótimo domingo à todos, em especial às mamães!