Insegurança é combatida com rigor

Insegurança é combatida com rigor

EDITORIAL

Enquanto a corrida eleitoral em Limeira está mais monótona que o remake da novela Renascer, as coisas andam quentes na Capital, com recortes aproveitáveis, à conferir nessas bandas. Para uma megalópole como São Paulo, existem problemas de toda a natureza, desde os mais visíveis àqueles que ficam restritos ao dia a dia nos bairros. Segurança Pública, por exemplo, está no centro das discussões, bem como volta e meia ressurge a discussão da Cracolândia, e não há dúvidas que apostar em soluções plausíveis é relevante agora e, será daqui a dois anos. Durante a semana, mudando de estado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, concedeu uma longa entrevista a TV Jovem Pan. Autodeclarado pré-candidato à presidência, ele está prestes a encerrar seu segundo mandato. Não tem a menor intenção de voltar ao senado e por enquanto, a seu favor, guarda no bolso do colete números impressionantes. Caiado discorreu sobre a queda de vários indicadores, desde crimes violentos aos assaltos em residências, passando por roubo de cargas e à cidadãos à mão armada. Um dos fatores contributivos, segundo ele, motivou-se pelo enfrentamento, que começou nos presídios. Além de construir algumas centenas de novas vagas no sistema prisional, Caiado teria cessado a invasão do crime organizado nas cadeias. Através de ações pontuais e principalmente de subornos, privilégios inimagináveis eram oferecidos aos detentos, como uso indiscriminado de celulares, realização frequentes de churrascos de confraternização e estabelecimento de alas, como quartos de motéis, especialmente montadas para visitas íntimas dos presos. Caiado, como se sabe, é um representante da política conservadora, e parece agir em Goiás com os mesmos princípios adotados pelo governador paulista Tarcísio de Freitas. Principalmente na Operação Escudo, desenvolvida no Litoral do estado no início de sua administração. Caiado falou como enfrentar a bandidagem: “o criminoso tem que entender que em meu estado não existe um palmo de terra que não esteja ao nosso alcance, porque a função do governador é proteger cidadãos, não bandidos. E não dou à mínima para a histeria dos progressistas, incluindo a mídia deles; eles adoram minimizar as condutas delituosas, eu não”. Pensando bem, há uma tendência, em eleições nacionais, de jogar o problema de segurança para os estados, deixando para Brasília apenas os crimes federais. Mas, quem puder apresentar o que fez e o que sabe fazer nesta área, terá um discurso aprovado para, quem sabe, executar a inconclusiva integração entre órgãos de segurança pública. Na mesma linha, Tarcísio da mostras que também não ficará refém dos analistas que continuam a enxergar criminosos como vítimas da sociedade.

Roberto Lucato

Ilustração:  Freepik

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