Hora de esquecer o Jair

Hora de esquecer o Jair

Os malfeitos do governo de Jair Messias Bolsonaro (PL), tratado como mito e assim ainda é tido por muitos brasileiros que, talvez por desconhecimento da história, ou mesmo pela perpetuação da própria maldade, jamais serão esquecidos. E não devem ser esquecidos, principalmente por quem sofreu na pele com algumas de suas ações, como pretos, mulheres, integrantes da comunidade LGBTQIA+, familiares que tiveram seus entes mortos durante a pandemia e mesmo assim foram tripudiados pelas aparições e frases do então presidente, entre tantos outras tantas, que não deixaram dúvidas sobre o mau comportamento do ex-presidente.
Que a Justiça faça o seu trabalho e atue, onde deve atuar, para reparar as muitas situações vexatórias passadas, assim como tudo o que continuou depois. Já é hora, entretanto, de se esquecer do homem Jair Bolsonaro, que não merece ser lembrado e muito menos cultuado, como insistem alguns saudosos dos últimos quatro anos, encerrados no dia 31 de dezembro de 2022. Vamos esquecer que ele foi presidente do Brasil por quatro anos, mas não do que ele fez. Para um político como ele, com certeza vai doer muito mais se ele perceber que é um figurinha que veio do nada e ao nada voltou.
Não há mais necessidade de falar e analisar Jair Bolsonaro, enquanto político. Jogá-lo no esquecimento é o mínimo que podemos fazer, para ele não ser tratado como mártir. Ele não é, muito pelo contrário. E para que isso aconteça parece que a própria imprensa já está se encarregando disso. Tratando sobre o que ele não fez – ou fez de maneira indevida – e fazendo com que seu nome vá sendo apagado da história, que ele mesmo desconstruiu.
O governo Bolsonaro, pelo bem da própria democracia, não deve ser esquecido. Em nenhum momento de nossas vidas. A figura de Jair Bolsonaro político, entretanto, agora está nas mãos dos tribunais para o devido acerto de contas. E é possível separar, sim, esse momento, entre um e outro. O esquecimento vai, com certeza, deixa-lo às traças. Embora as traças não mereçam tê-lo como companhia.

 

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