GCM, olhai por nós! 

GCM, olhai por nós! 

A violência urbana, de um modo geral, pautou as análises desta semana, pois a cada dia nos aproximamos tanto de um perigo real como de pessoas que foram vítimas de assaltos, molestações e constrangimentos. Em Limeira, supermercados são assaltados à luz do dia, veículos são roubados e encaminhados para desmanches em plena área urbana e, na região central, os chamados “cidadãos de rua” fazem o que bem entendem de nossas praças. Bom observar que, quanto a esta última questão, é algo que não acaba, ao contrário. A cada dia, andarilhos solitários, pequenos grupos ou maltrapilhos seguidos por vira-latas, invariavelmente com aqueles conhecidos “corotes” nas mãos, deixam rastros de inquietação. E não há perdão. Eles incomodam indistintamente jovens, mulheres, casais e crianças com palavras de ordem e gestos de intimidação. Quando não recebem trocados ou moedas, eles nos ofendem e xingam para constranger. Os comportamentos são típicos, durante o dia e à noite, nas portas das farmácias, das agências bancárias e dos pouquíssimos estabelecimentos que ainda servem refeições no centro. Porém, junho coloca problemas adicionais, quando festas acontecem em boa parte das paróquias locais. E quem participa, sabe muito bem. Elas são realizadas por mãos de voluntários, por pessoas da comunidade repletas de boas intenções. Gente que chega horas mais cedo levando, muitas vezes, utensílios de suas próprias casas, quando não, iguarias preparadas em seus fogões. Um trabalho que não deve e não pode ser esquecido pelas autoridades de segurança pública. Por isso, em nome de tantos padres, de ministros leigos e desta legião de voluntários, deixo este apelo: Guarda Municipal, olhai por nós! Quando servi na secretaria de Esportes, conheci proximamente suas demandas diárias, e sei que não é fácil. Nosso município é enorme, os crimes são variados, mas “aparecer”, como faziam em competições de Jogos Escolares, ajuda muito. Porque o senso de proteção anima a quem dele precisa, como exemplo, notar que uma simples viatura está estacionada ao lado de uma barraca de doces. É triste imaginar que a segurança destas festividades, mais uma vez, permanecerá nas costas destes voluntários, como em nossa Catedral. Até este domingo, seguirão os eventos religiosos e depois, a animação, que deveria ser apenas dos fiéis, e não destes, me perdoem o termo, vagabundos. Molestar é um delito e insisto: quanto mais a sociedade passar a mão na cabeça destas pessoas, mais delas estarão nas ruas. Temos que enfrentar! Temos que cobrar. Por isso, GCM, olhai por nós! 

Compartilhar esta postagem