Doenças cardiovasculares e doação de órgãos: entenda a importância da conscientização

Doenças cardiovasculares e doação de órgãos: entenda a importância da conscientização

Setembro é um mês com ao menos 3 importantes campanhas de conscientização: de prevenção ao suicídio (Setembro Amarelo), de prevenção às doenças cardiovasculares (Setembro Vermelho) e de conscientização sobre a importância da doação de órgãos (Setembro Verde). A Santa Casa de Limeira é referência em diversos serviços hospitalares e, por isso, traz esclarecimentos de dois profissionais médicos para ampliar a visibilidade às campanhas e, de fato, ajudar na conscientização.

Cirurgião cardiovascular, Dr. Marcelo Fernandes Pratacoordena o Pronto-Socorro (PS) e a Unidade Coronariana (UCO) desde a inauguração, em 2002, quarta unidade especializada no interior paulista de atendimento no SUS. Por lá, passam entre 80 e 90 pacientes por mês, além dos casos cirúrgicos, que são cerca de 20/mês.

A maioria das cirurgias é de revascularização do miocárdio, popularmente chamada de ponte de safena, e troca valvar. O médico conta que tem havido aumento significativo de aneurisma e dissecção de aorta ascendente.

As doenças cardiovasculares podem ser prevenidas com exames profiláticos. A recomendação é consultar um cardiologista a partir dos 35 anos. Os exames clínicos iniciais poderão indicar a necessidade de aprofundamento com exames de imagem, por exemplo, que poderão evitar possíveis futuras emergências cardiológicas.

Exercícios físicos, alimentação sem abusos, principalmente do sal, álcool e comidas gordurosas, são medidas fundamentais de prevenção às doenças cardiovasculares. “Caminhadas, exercícios aeróbicos fazem muito bem. E muito cuidado com repositores de proteína”.

Doação de órgãos

A Santa Casa de Limeira tem uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) que envolve diversos setores, como direção técnica, enfermagem, serviço social, equipe multidisciplinar, entre outros, que é apta a dar início a um rígido protocolo quando há constatação de algum caso com ausência de sinais clínicos cerebrais.

É apenas nesta condição que o protocolo é iniciado, com a comunicação à família como ponto de partida. Este é um dos principais motivos da importância das campanhas de conscientização sobre a doação de órgãos. É um momento muito delicado para a família, que precisará decidir se, em caso de confirmação de morte cerebral por diversos exames, autoriza a captação dos órgãos possíveis.

Em caso de autorização, é verificado se o estado clínico do paciente é compatível para doação, como temperatura corporal e nível de oxigenação. Preenchidos os requisitos, a Santa Casa comunica o Hospital das Clínicas da Unicamp, central de referência em transplante de órgãos. Toda a captação e transporte é conduzida pelos profissionais capacitados da Unicamp.

Coordenador do Departamento de Neurocirurgia e desta comissão, Dr. Marcelo Senna enfatiza: os países com maior taxa de doação de órgãos são aqueles onde o tema é mais divulgado. “Quanto mais este tema está na discussão nos lares e nas rodas de amigos, a população fica familiarizada sobre o assunto e a doação ocorre com mais frequência”.

A doação depende da vontade manifestada do doador. Por isso, a família deve estar ciente de que este gesto é um desejo do paciente.

Informações: Santa Casa de Limeira – Ilustração: Unicardio

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