Comércio segue desapontado

Comércio segue desapontado

Embora as estatísticas oficiais ainda estejam em curso, o fato é que para o comércio, este Dia das Mães deixou a desejar. Boa parte dos estoques continua nas prateleiras e, desde o final de semana, ouvi muitas hipóteses sobre este fenômeno. Afinal, o segundo domingo de maio é uma data forte, com vendas emplacando em diversos setores além dos tradicionais calçados, perfumaria e roupas. A primeira diz respeito à comunicação das empresas com seus clientes. Com a pulverização das mídias digitais em diversos segmentos, é humanamente impossível para qualquer gestor ter a segurança necessária de como, onde e quanto investir. E aqui vamos nos concentrar que pequenos e médios comerciantes, que dependem das vendas presenciais em seus estabelecimentos. Faz tempo, a preocupação com curtidas e engajamentos não é sinônimo de resultado financeiro. Porque “espiar” uma promoção e se deslocar até uma loja é cada vez mais raro. A segunda hipótese tem a ver com, agora sim, vendas pela internet. Não há dúvida que existe uma espécie de concorrência desleal porque os grandes portais varejistas investiram demais na velocidade da entrega. Hoje, é possível que um bem adquirido em alguns portais esteja na porta da sua casa em um dia ou dois, e isso ajudou muito. Mas a terceira explicação, um pouco mais especulativa, tem a ver com este início do chamado Lula 3. A cada dia mais raivoso, trocando mil por milhões e aparentemente sem um foco determinado, adicionando-se a isso um difícil relacionamento com o Congresso, Lula segue obstinado com o antecessor, quer governar o Brasil do exterior e não dá indicações assertivas sobre o futuro dos indicadores econômicos. Este conjunto de incertezas pode estar contribuindo para uma espécie de contenção de despesas, desestimulando não apenas investimentos como as compras triviais, exemplo no Dia das Mães. É difícil escolher entre estas possibilidades, mas todas parecem ter pavimentado reflexos na queda geral nas vendas.

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