Aterro sanitário recebe 600 t/dia de resíduos
São 200 toneladas diárias de resíduos sólidos urbanos e outras 400 é proveniente da Construção Civil
Antonio Claudio Bontorim
LIMEIRA
claudio.bontorim@tribunadelimeira.com.br
A Tribuna de Limeira trouxe, em sua edição passada, matéria tratando do projeto Reciclação de incentivo à coleta seletiva para reciclagem de materiais. E um dos objetivos do projeto, conforme explicou a Secretaria do Meio Ambiente e Agricultura, era o de diminuir a quantidade de resíduos sólidos recolhidos ao Aterro Sanitário Municipal diariamente, aumentando assim a sua vida útil. Nesta edição, a Tribuna traça um perfil do aterro propriamente dito, e foi buscar informações junto à Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, que é responsável pelo setor.
Segundo a pasta, não há uma estimativa de vida útil do Aterro Sanitário, uma vez que ainda há espaço na atual área. Se necessário, de acordo com a secretaria, viabilizará estudos e projetos para definir sua vida útil. A Tribuna questionou sobre a possibilidade da instalação de um novo aterro sanitário, e foi informada pela Secretaria de Obras, que em frente a atual área, já há um espaço para essa futura instalação. O Aterro Sanitário Municipal está em operação desde 1984 – completa 40 anos em 2024 – e teve sua vida útil prorrogada por várias vezes, número que não foi informado pela pasta.
VOLUME DIÁRIO
Hoje o volume de resíduos sólidos despejados no aterro atinge, de acordo com a pasta, cerca de 600 toneladas diárias. Esse número mostra que são 200 t de resíduos sólidos urbanos e cerca de 400 t, também diárias, de resíduos da construção Civil. E, além desses, encontram-se resíduos domiciliares, resíduos industriais, Classe IIA e o Classe IIB, além de resíduos vegetais e também os resíduos inservíveis. O resíduo Classe IIA, chamados ‘não inertes’ são aqueles que não se enquadram na Classe I e nem na Classe IIB, podendo ter propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
Nesse item, de acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) enquadram-se conteúdo ruminal, lodo de estação de tratamento de efluentes da indústria alimentícia, produtos alimentícios com prazo de validade vencido e/ou fora do padrão de qualidade, frutas, legumes e outros alimentos apodrecidos, folhagens e resíduos orgânicos de poda, capim ou roçagem, farelos de origem vegetal, bagaço de cana, esterco, restos de alimentos de refeições. E os de Classe IIB são aqueles que com propriedades estáveis, não biodegradáveis, nem inflamáveis ou solúveis em água e que devem ser reciclados, reutilizados, beneficiados ou dispostos em destinos ambientalmente licenciados.
OS CLASSE I
Já os resíduos Classe I, que não são depositados no Aterro Sanitário, são aqueles que, de acordo com a norma da ABNT, apresentam diferentes características de periculosidade. Essas características são Inflamabilidade, como catalisadores gastos; solventes como acetona, acetato de etila, éter etílico, n-butanol e metanol; resíduos de solventes entre outros. São os chamados resíduos perigosos que, de acordo com a Secretaria de Obras e Serviços Públicos, são destinados a tratamento e/ou aterros específicos. “O Aterro Sanitário Municipal recebe apenas resíduos da cidade de Limeira”, lembrou a pasta, acrescentando que os resíduos hospitalares – de serviços de saúde – são encaminhados para tratamento externo. O Aterro Sanitário está localizado na Via Jurandyr da Paixão de Campos Freire, km 5,5, Bairro Tatu.
A pasta finaliza, informando que a coleta seletiva tem um volume que gira em torno de 40 toneladas de materiais recicláveis, que são encaminhados para a Cooperativa de Reciclagem de Limeira.