ÁGUA PLUVIAL: Sistema garante o controle de volume

ÁGUA PLUVIAL: Sistema garante o controle de volume

São 14 áreas no município e oito mil coletores, entre as bocas de lobo e de leão, vistoriadas regularmente

Antonio Claudio Bontorim
LIMEIRA
claudio.bontorim@tribunadelimeira.com.br

Tribuna de Limeira mostrou, em sua última edição, os efeitos das chuvas que caíram no dia 13 de abril, uma quinta-feira – mais de 70 mm (milímetros) de acordo com os institutos de meteorologia – o que provocou alagamentos e fortes enxurradas no Centro da cidade.  Apesar do grande volume, muito lixo desceu pelas ruas Duque de Caxias e Tiradentes, o que pode provocar entupimentos nas bocas de lobo e de leão, da rede coletora de águas pluviais. Nesse sentido, a Tribuna questionou a Prefeitura de Limeira, que através do Departamento de Saneamento e Drenagem, da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, explicou como é feita a manutenção dessa rede e as inspeções e limpezas periódicas, para manter o serviço em funcionamento.
Segundo a pasta, a cidade está subdividida em 14 áreas, que recebem periodicamente inspeções técnicas, indicando os serviços necessários desde limpeza até as manutenções mais complexas. De acordo com o Departamento de Saneamento e Drenagem, as vistorias são feitas pela prefeitura e os serviços de limpeza são executados por empresa contratada, sob responsabilidade da Secretaria de Obras e Serviços Públicos. “Há também as inspeções e serviços de manutenção extraordinárias que são feitas por solicitação dos munícipes através do Sistema e-Ouve”, informou. Já os resíduos coletados são de diversas origens, desde folhagens de árvores até resíduos sólidos gerados pela população. “Não há, entretanto, como precisar uma tonelagem exata, pois há diversos fatores, inclusive naturais (folhagens), que interferem no bom funcionamento do sistema de drenagem”, lembrou a nota.

Esses resíduos podem se acumular nas bocas coletores e até impedir seu funcionamento, gerando enxurradas e demais prejuízos. O sistema de coleta de resíduos sólidos já é bem conhecido da população, que devem ser colocados em locais altos (lixeiras) e próximo do horário da coleta. “Não deixar diretamente no solo para evitar situações como a descrita, que ainda acontecem, ou seja, a população descartando lixo na enxurrada”, comentou o Departamento de Drenagem. Hoje são aproximadamente oito mil bocas coletoras – entre bocas de lobo e de leão – de águas pluviais no município e apesar de existirem diferentes tipos, todas têm mesma finalidade, que é captar e conduzir as águas até a tubulação de drenagem.

LIMPEZA
Já a desobstrução desses coletores é realizada de diversas maneiras, desde simples limpeza superficial da grelha com ferramentas usuais (quando há materiais depositados sobre elas) ou até mesmo com auxílio de equipamentos especializados caso haja entupimentos na rede, cada situação demanda uma solução com recursos e equipamentos específicos. As bocas de leão são aqueles coletores com grelhas, que têm maior capacidade de recepção das águas pluviais e

Piscinão controla a vazão das águas
Já o reservatório subterrâneo instalado no Tiro de Guerra, que ficou conhecido como o Piscinão do Tiro de Guerra, controla a vazão das águas drenadas para a rede existente, reduzindo a possibilidade de enchentes e se esvazia poucas horas após a chuva. Durante o processo de esvaziamento ocorre a deposição de materiais sólidos nas grelhas internas e no fundo do piscinão, porém de pequenas dimensões, uma vez que os resíduos acondicionados em sacos maiores ficam retidos nas grelhas das bocas coletoras ainda nas ruas e aquele que chega ao reservatório não prejudica o seu funcionamento, sem risco elevado de entupimento devido a forma como o reservatório foi edificado e a constante manutenção. Quando é identificado qualquer material que possa ser interferir no funcionamento do sistema de drenagem esse é imediatamente removido.
E nesse período chuvoso, que vem se estendendo desde o final de novembro, conforme o Departamento de Drenagem, o piscinão teve um ótimo desempenho, sendo bastante relevante na sua bacia de contribuição, inclusive, foram feitos investimentos no último ano que resultaram em melhoria da eficiência do mesmo. “Há que considerar também que existe um conjunto de obras de macrodrenagem em execução na região do Mercado Modelo que visa melhorar ainda mais as condições de drenagem no município”, enfatizou, para concluir: “fazemos no mínimo, duas limpezas anuais completas do piscinão, em abril, logo após o período chuvoso e em outubro, antes do período chuvoso seguinte, mas há também a possibilidade, caso necessário, de serviços extraordinários”. (Antonio Claudio Bontorim)

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