Administrar elencos é fundamental
Na GRANDE Área
POR absoluto descuido, deixei de comentar um assunto interessante na semana passada: os episódios de luta-livre no Ninho do Urubu. Mas antes de chegar aos socos de hoje, tenho que voltar ao distante ano de 1986. Quem poderia tratar melhor deste tema, em particular, seria o amigo César Roberto, mas emprestarei algumas de suas memórias.
O ELENCO que se tornaria o primeiro campeão paulista do Interior era bastante unido, fruto em especial da liderança exercida pelo “xerife” Bolivar. Dizem as boas a más línguas que uma caixa de cerveja mal dava para abastecer os churrascos feitos com muita frequência.
ESTAS mesmas línguas, até hoje, sustentam que o nosso querido José Macia, o Pepe – segundo o qual ele foi, de verdade, o maior artilheiro do Santos (Pelé era de outro planeta, dizia ele, e não dá pra comparar) – era apenas um treinador mediano. Quem resolvia os seus problemas eram Silas, João Luiz, Juarez, Bolivar, Pecos, Manguinha, Gilberto Costa, João Batista, Tato e Kita.
SAINDO da Inter Pepe foi campeão pelo São Paulo e seguiu sua vitoriosa carreira como técnico, mas no fundo combinou seus conhecimentos teóricos com aquilo que hoje conhecemos como “administração de elenco”. No Santos, imaginem o quanto o elenco passou com escapadas de um Rei namorador das concentrações?
PORTANTO atletas de grupos vitoriosos são, acima de tudo, cúmplices, e este pacto é mão de duas vias. Do tipo “faça o que quiser fora de campo, mas dentro dele, entregue o máximo”. Isso explica porque, algumas vezes, algumas estrelas somem do mapa. E também, porque treinadores que não falam a mesma língua do grupo pouco conseguem.
DESDE a saída de Jorge Jesus, o Flamengo não se encontra, porque é refém do próprio elenco. Que joga quando quer. Alguns explicam que o grupo já ganhou demais, e está cansado de títulos. O que? E o Palmeiras, então? O que o Abel faz, mágica? Não. Ele se coloca como membro do plantel. Sampaoli já foi rejeitado pela própria seleção argentina, querem o que dele?
CONCLUINDO, a administração de elencos é tão ou mais importante que as exigências técnicas impõem a cada agremiação. Ela tanto podem obter resultados acima do esperado como tornar um elenco milionário em um time de casados barrigudos, que se reúnem nos fins de semana. Chegar às “vias de fato” é apenas um dos resultados possíveis.
O ATENTO companheiro José Antonio Encinas lembra que temos Copa do Mundo de Basquete pela frente. O Brasil estreia contra o Irã no aprazível horário de 6h45 deste sábado, 26. Depois enfrenta Costa do Marfim e Espanha. Ah, teremos a volta da F1, também, domingo, 10h, GP da Holanda.
DE OLHO no jogo da volta pela Sul Americana, no qual precisará de um milagre e meio para se classificar, o Timão enfrenta o Goiás neste sábado, às 21 h. Tentando se recuperar no Brasileirão, o Tricolor joga em Minas, neste domingo, 27, às 16 h, contra o América, no mesmo horário em que o Galo mineiro recebe o Santos. Já o Verdão entra em campo às 18h30 recebendo o Vasco da Gama. Ótimo final de semana, amigos!