A transformação da mídia
EDITORIAL
Entre a década de 1970 até meados da virada do milênio, a imprensa limeirense apresentava boas alternativas editoriais na chamada mídia tradicional. Principalmente na publicação de periódicos impressos e através das ondas do rádio, muitos profissionais ganharam espaço e o reconhecimento público, emprestando seus conhecimentos para as emissoras de TV locais, estas sim, sempre caminhando com enormes dificuldades. Na última década, porém, com a divisão rápida do chamado “bolo publicitário”, jovens recém-saídos das faculdades, criados essencialmente em ambientes digitais, convenceram seus clientes a migrarem para este ambiente. Uma, porque os investimentos seriam mais baixos; outra, porque a “velha mídia” foi tratada como dispensável. O tamanho da letalidade deste movimento, incluindo a velocidade com a qual foi executado, diminuiu o tamanho de todos. Algumas mídias desapareceram, outras trocaram de mãos, e muitos de seus antigos comandantes foram substituídos, em prejuízo da manutenção de interesses profissionais. Do zelo pela integridade com a qual conviveram por anos e anos. Neste ambiente conturbado e contaminado, há três anos, nasceu o Farol de Limeira, inicialmente transmitido em plataforma de rádio, depois na TV aberta e, em seguida, exclusivamente pela internet. Desde o início, como o próprio nome insinua, o objetivo do Farol foi jogar um pouco de luz nestes tempos de tamanha obscuridade editorial. Foram três anos intensos, ora com muita diversidade, ora com jornalismo “na veia”, tendo pela frente, a partir de hoje, o desafio de sua quarta temporada anual. As tentativas de sabotagem deste projeto foram frequentes, e continuam, mas uma coisa é certa: bons propósitos são duradouros, consistentes e respeitados até por quem os ataca. Até quando iremos? É difícil responder, mas, considerando que fazemos o que o que mais aprendemos, com pluralidade, opiniões diversas e sensatez, gostaria que chegássemos ao “infinito e ao além”! Boa sorte e parabéns a todos os envolvidos.