A decisão será terça, com direito a fortes emoções

A decisão será terça, com direito a fortes emoções

NA GRANDE ÁREA

O DESTINO, sempre ele, escreve as coincidências, e mais uma vez, Palmeiras e Botafogo decidem o Campeonato Brasileiro. O Verdão, por jogar em casa e estar embalado, leva favoritismo para este confronto, Porém, a última apresentação não foi boa e Abel sabe disso. A grande pergunta é: a virada do ano passado, caso o Fogão abra o marcador, terá influência no jogo?

O ELENCO da Estrela Solitária é outro, parece mais preparado para o desafio, mas não nos esqueçamos: talvez mais importante que o jogo em São Paulo será a decisão contra o Atlético/MG. Isso não significa que o clube carioca abrirá mão dos dois títulos que disputa, mas haverá ciência que, em caso de derrota, será difícil papar o Brasileirão.

DE VEZ EM quando, por coincidência de horário, acompanho parte do noticiário esportivo de Campinas. Duas emissoras que transmitem pelo FM possuem, harmoniosamente, integrantes mais jovens e veteranos em suas equipes de esportes, o que me fez lembrar dos programas que comandava no passado.

É CURIOSO porque, exatamente nesse ano, Guarani e Ponte Preta foram rebaixados para a série C do Campeonato Brasileiro, o que tornou a crítica generalizada. Porém, não tão ácidas como deveriam ser. Minha impressão é que os próprios componentes dessas equipes viram a morte anunciada há meses, como também enxergávamos nessas plagas.

E NÃO SE TRATA de ser visionário ou não. É que, de tanto trabalhar com o futebol fora de campo, temos uma noção bem próxima da realidade quando alguns episódios são repetidos. Me lembro como se fosse hoje uma estreia da Inter em Votuporanga, cercada de expectativas negativas em função do frágil elenco.

DERROTADA, a alvinegra foi presa fácil e não suportei, imprudentemente, talvez, ao prever o seu rebaixamento desde então. É óbvio que não se faz isso depois de uma estreia. Meu companheiro César Roberto sempre aguardava dois ou três jogos para se manifestar, mas a questão é outra.

OS TORCEDORES locais muitas vezes aguardam com alta ansiedade a próxima temporada de seus clubes de coração. E sempre achei um desrespeito que as diretorias não trabalhassem incluindo esse fato. Porque uma questão é ter vontade; outra, competência. Quando percebíamos que as contratações eram “dirigidas”, ou seja, faziam parte de indicações escusas, ficávamos com os pés atrás.

POR INCRÍVEL que pareça, no futebol não apenas os contratos milionários são perseguidos por agentes, advogados, jogadores e treinadores. Há uma “raspa de tacho” que fica pulando de clube em clube em busca de pequenas vantagens que oferecem sustento passageiro. Esses personagens se contentam com pequenas participações, as vezes coordenando até mesmo a publicidade estática dos estádios.

SE O CLUBE vai subir, cair, revelar jogadores, isso pouco importa. Vejam a situação do Independente aqui em Limeira. Desde a saída da desastrosa administração “Dr. Anivaldo”, aliás, pessoas de fino trato, o Galo foi descendo a pirambeira de maneira rápida e constante. No início desde ano, esboçou uma reação que foi pior ainda, e agora jaz na última divisão do futebol paulista.

SE OS TORCEDORES já haviam desaparecido depois da “limpa” feita no Conselho Deliberativo, agora devem existir poucas testemunhas daquele que “nasceu pobre, sem fama e sem glória”, como meu amigo Antonio Bêgo, com quem conversei no último domingo. O Independente tem apenas um único trunfo nas mãos: a concessão do Pradão por muitos anos, e isso deve ser utilizado por quem, um dia, tenha o desejo que ressuscitar o alvinegro da Vila Esteves. Alguém se habilitará?

DO OUTRO LADO da cidade, porém, a Inter, depois da passagem de Elano Blumer, adotou um padrão de conduta intensificado na pandemia. Se o saudoso Naldo Dias ainda estivesse como setorista, já teria feito uma série de críticas a esse esquema blindado, com horários e credenciamento para tudo. O Limeirão, já fez tempo, se transformou em fortaleza impenetrável, mas isso não é um defeito: é uma característica.

AS INFORMAÇÕES, por exemplo, são divulgadas de maneira mais organizada e democrática, de modo institucional, privilegiando todos os patrocinadores. Por exemplo, como fez a assessoria de imprensa ao longo da semana, tratando de assuntos como manutenção do gramado e do sistema de iluminação. Aliás, quanto a esse último item, passou da época para substituir-se os arcaicos refletores por lâmpadas led.

DENTRO DAS QUATRO linhas os torcedores não têm muito o que reclamar. Apesar de uma campanha mediana no Paulistão, com risco de rebaixamento até a última rodada, a Inter fez uma boa Série D, não subindo por questão de detalhes. E, por conta disso, as expectativas são positivas para 2025. Como observamos, toda a forma de profissionalismo no futebol é bem-vinda, porque afasta os oportunistas e mantém os focos na agremiação, e não nas pessoas em seu entorno.

POUCO DEPOIS da vitória do Corinthians contra o Cruzeiro, um conhecido apresentador de rádio e TV ficou um tanto constrangido ao relevar que, ao contrário de rebaixamento, ele teria agora que avisar que o Timão briga por uma vaga da Taça Libertadores. Nada a ver. O Corinthians foi um time medíocre até a metade do Brasileirão, e se não viessem contratações de peso, a série B era o caminho inevitável.

FOI O QUE aconteceu, só isso. O Corinthians não se transformou em super time; apenas possui mais regularidade e faz gols, algo que não conseguia. Quando me referi ao iminente rebaixamento da Inter na primeira rodada, quis apenas alertar, e creio ter ajudado. Depois de cinco rodadas, o treinador era outro e a alvinegra limeirense não caiu.

ALIÁS, TOMARA que os conselheiros corintianos não desistam do impeachment do presidente Augusto Melo. A reação do time no Brasileirão não ofusca o fato de uma presidência que, desde a primeira semana em atividade, está sob suspeita de enriquecimento ilícito.

PARA QUEM gosta da madrugada, tem Grande Prêmio de Las Vegas neste final de semana. Vale título.

SALVE, salve, Lusinha. Agora, com tio rico, vai.

EDMAR Ferreira informa: foi Osvaldo Maciel quem recebeu sua saudação especial no Canindé. Valeu, Didi!

PRÓXIMO sábado não haverá coluna, portanto antecipo o que imagino sobre a final da Libertadores. O Botafogo, até este meio de semana, em minha opinião era franco favorito para papar a Libertadores. Primeiro, porque vinha se mostrando uma equipe mais confiável, consistente e taticamente mais organizada.

PORÉM, depois do empate contra o Atlético/MG, equipe com a qual decidirá a final, fiquei com várias pulgas atrás das orelhas. O Galo Mineiro é claramente um time em declínio. Não jogou nada contra o Flamengo, nem no Maracanã, nem na Arena BMG. O Atlético foi apático nas duas apresentações, faltando aos seus jogadores coragem e aplicação.

PORÉM, alguns perrengues vistos durante a partida, válida pelo Brasileirão, despertaram um clima de animosidade que pode beneficiar os mineiros. Ainda é pouco para chegarem a ser favoritos, mas vejo, agora, um duelo mais equilibrado. Pendendo ligeiramente para a Estrela Solitária.

QUANTO à final da Sul-Americana, a ser disputada neste sábado, 23, no final da tarde no Paraguai, o favoritismo é da equipe Argentina. Óbvio que o Cruzeiro não será aquele que perdeu para o Timão, mas Fernando Diniz não desiste de ser um treinador de uma nota só. Ou seja, de um esquema padronizado. A Raposa só erguerá o título se desrespeitar as ordens do chefe e jogar com muita valentia. Claro, sem ceder à catimba dos “Hermanos”.

VAMOS acompanhar, Ótimo final de semana, amigos!

Roberto Lucato

Crédito/Foto: Vitor Silva, Botafogo

Imagem: Igor Jesus comemora um de seus gols no Campeonato Brasileiro

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