A falta de consciência
Por mais que mostremos e tentemos convencer as pessoas da importância da vacinação, parece-nos que o estrago dos quatro anos de governo Bolsonaro e mais a ação dos Grupos Anti-vacina estão vencendo o bom senso.
Parece chato e repetitivo tratar do assunto dia sim e dia não, mas nem assim a situação se normaliza. O Programa Nacional de Imunizações, o PNI, até quatro três anos atrás um exemplo de eficiência, está indo por água abaixo. Está sendo transformado em arremedo de saúde pública, pela própria população. A falta de consciência é um indicativo sério e perigoso de que teremos problemas mais à frente.
Tomando nosso município como base, a Tribuna de Limeira trouxe em sua edição do final de semana, em manchete, que apenas 20% da população entre os grupos prioritários haviam se vacinado contra a gripe. Há quatro, cinco anos atrás, esses números, em alguns casos, ultrapassavam os 100% dos grupos prioritários, o que não acontece mais.
Idosos, que sempre foram o exemplo na imunização contra a gripe, hoje não passam dos 29,9%.
Só para se ter uma ideia, dos mais de 113 limeirenses do público alvo da vacina contra a gripe, apenas 22.850 se vacinaram. E temos mais 15 dias de campanha até o próximo 31, quando ela se encerra. É muito pouco. Um porcentual reduzido e longe dos 90% esperados.
E nesta semana o Ministério da Saúde começou, pelo Norte do País, a campanha de vacinação contra a poliomielite, que ainda não registrou casos no Brasil, mas cidades próximas à fronteira, de outros países como o Peru, por exemplo, já estão registrando alguns casos.
Inacreditável, mas é uma realidade que nos assombra, pois logo mais poderemos ter, de volta, doenças já erradicadas, como a poliomielite. O sarampo, que também estava erradicado, já voltou. Não é possível e é inaceitável, que as pessoas não entendam isso.