“Na Grande Área” está de volta!
NA GRANDE ÁREA ESPECIAL
NOSSA coluna Na Grande Área retorna aos poucos, com mais análise e “cornetadas”. E nada melhor que desabafar sobre a seleção brasileira, de cara profetizando: somente quem tiver a sorte de viver nos próximos 50 anos terá alguma chance de ver o hexa do Brasil.
UM AVISO aqueles que ficaram otimistas depois da goleada contra o Paraguai: futebol é feito de dribles, táticas, mas, também, é resultado do aproveitamento. O companheiro José Encinas observou recentemente que Vini Júnior, proporcionalmente ao número de vezes que vestiu a amarelinha, está muito abaixo em número de gols comparado ao garoto Endrik.
HONESTAMENTE ainda não sou um fã deste garoto, mas futebol é momento. A estrela do menino brilhou desde suas primeiras apresentações e ontem ele deveria ter entrado no intervalo. O Brasil praticamente jogou sem uma referência na grande área, e o futuro atacante do Real Madri possui a característica de abrir os ferrolhos.
E QUANTO ao Vini Júnior? No final da semana ouvi um longo debate sobre a queda de produção de Gabigol no Flamengo, por vários motivos. Ele era um bom cobrador de pênaltis; os goleiros foram assimilando o fato que ele não fazia variações nas cobranças, e passou a ser presa fácil. Vini é a mesma coisa. Ele só consegue jogar na beirada do campo, tentando dribles na velocidade.
GABIGOL também se envolveu em diversas polêmicas. Se deixou fotografar com a camisa do Corinthians, fez uma big festa depois da eliminação do Mengão na Libertadores e não ficou aguardando para fazer um antidoping. Ou seja, por falta de orientação e cabeça no lugar, ele está diminuindo a longevidade de sua carreira.
VINI Júnior ganhou tanta fama ao defender as causas racistas – e foi corajoso para isso, méritos para ele –, que parece atrair mais atenção por suas reclamações que pelo futebol que apresenta. Ele não me engana: é jogador de clube!
E O TAL do Paquetá, hein? Envolvido em denúncias até o pescoço, desprendeu se é que um dia foi um grande jogador. Está muito abatido psicologicamente, e não encontra uma posição no selecionado. Meia ofensivo? Volante apoiador? Que faixa do gramado ele deveria ocupar? Isso tudo deveria ser respondido por Dorival Júnior, que parece estar escalando mais pela fama que pelo futebol.
E OUTRO é o Rodrygo. Me respondam com sinceridade: tantos craques já envergaram a camisa 10 do Brasil, dá constrangimento ver o que esse menino está apresentando. Ele não consegue se infiltrar, arma com dificuldade e não chuta ao gol adversário. O que ele faz em campo?
TITE tinha suas manias, mas uma coisa é certa: ele sempre começou a montar seus times pelo sistema defensivo, e fez isso no Flamengo recentemente. Dorival Júnior deveria pensar da mesma maneira. Nosso time está muito vulnerável, especialmente nas bolas alçadas. Aprecio o futebol de Eder Militão, mas ele parece estar jogando sozinho. Assim não dá!
SEXTA-FEIRA estaremos de volta no portal da Tribuna de Limeira, até lá!
Foto: Rafael Ribeiro / CBF