Veículo ou jornalista: quem é mais? (parte 1)
Existem outras perguntas sem respostas do que a história do ovo e da galinha. Por exemplo, quem é maior, o jornalista ou o veículo? Na mesma linha, quem depende mais de quem? Vamos em busca das respostas. Desde os seus primeiros passos, as mídias sociais deram voz e vez a qualquer login nelas inscritos. Em alguma medida, por traz destas senhas, até hoje, as mais variadas intenções se multiplicaram. Para quem gosta de exibir seu bom gosto em se vestir, pronto. De cantar? Siga em frente. E quanto ao grupo que prefere palpitar? Esse merece atenção especial porque, de repente, a arbitragem de qualquer assunto semeia um imenso campo de discórdias, consequentemente aguçando o interesse na multiplicação, não dos pães, mas das opiniões. Essas análises se aproximaram de conteúdos jornalísticos, criaram celebridades virtuais e abriram as portas para que vários profissionais desta área se transformassem em uma espécie de auto mídias. Se antigamente um jornal impresso do interior, de relevância, tinha potenciais de leitura na faixa de 100 a 150 mil pessoas, hoje isso é alcançado apenas pelo trabalho de um indivíduo. A TV Jovem Pan, ao retornar ao mercado, fez duas apostas: defender a direita e multiplicar sua audiência oferecendo espaço analítico para pessoas populares na rede. No primeiro caso, rapidamente ela angariou muita audiência, o que obviamente é sugestivo para patrocinadores. Defender um governo de direita e um presidente polêmico, quando quase toda a mídia se opunha, convenhamos, teve os seus méritos, porque as argumentações e contrapontos despertaram o interesse dos consumidores de notícia. Entretanto, a segunda aposta, arriscada como era, criou um ambiente semelhante àquele descrito na saga do médico e o monstro. Amanhã concluímos.
Ilustração: Freepink