Cidadela União tem revés em tratativas

Cidadela União tem revés em tratativas

Gestora do empreendimento, HBS desistiu da reunião agendada na Câmara por que parceira cancela participação

Antonio Claudio Bontorim
LIMEIRA
claudio.bontorim@tribunadelimeira.com.br

O sonho de um investimento gigantesco na área da antiga Cia União, em Limeira, se transformou em fracasso anunciado. O Projeto Cidadela União, anunciado em abril de 2017 pela proprietária da Área, a HBS Participações, com um aporte de R$ 1,6 bilhão, está suspenso. Anunciado com pompa, ainda no quarto mês a gestão Mario Botion (PSD), os prazos foram sendo protelados, veio a pandemia e, o que parecia estar sendo retomado voltou à estaca zero. E o que parecia o reinício de projeto de sucesso, tornou-se mais uma preocupação para o município: uma área de localização nobre de mais de 132 km2, degradada e em completo abandono.
Depois de seis anos sem qualquer informação sobre o projeto, que se tornou um tabu para o Poder Executivo, tudo parecia estar sendo retomado, quando, no dia 18 de maio, houve uma reunião na Comissão Permanente de Obras, Serviços Públicos, Planejamento, Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo, Agricultura e Ecologia. O encontro reuniu, além de representantes da proprietária, mais a Direcional Engenharia S/A, que assumiria o desenvolvimento dos projetos e obras e o secretário de Urbanismo da Prefeitura de Limeira, Matias Razzo. Depois das conversas, com os vereadores da Comissão de Obras, ficou agendada uma nova reunião, que deveria ter acontecido na quinta-feira, 6.

HBS FORA
A Tribuna de Limeira, que noticiou em primeira mão os investimentos, que teria como contrapartida a construção de uma nova estação rodoviária, e seus desdobramentos posteriores, procurou a Câmara no início desta semana para saber se a reunião estava mantida. A informação recebida, através do Núcleo de Imprensa da Câmara, foi que a HBS Participações comunicou sua não participação Na reunião, por que a Direcional Engenharia havia cancelado sua participação no projeto. A reunião trataria do andamento das obras e da apresentação de relatórios do projeto Cidadela União, que haviam sido solicitados pelos vereadores.
A nota do Núcleo de Imprensa à Tribuna trazia a informação que a empresa HBS não participaria da reunião da Comissão Permanente de Obras, Serviços Públicos, prevista para ocorrer na quinta-feira, 6 de julho, para discussão dos andamentos do projeto do empreendimento Cidadela União, “tendo em vista o cancelamento do projeto ora citado por parte da parceira Direcional Engenharia S/A desde o último dia 16 e que estava suspenso o projeto até que se possa ser retomado com nova parceria”. A reunião ordinária da Comissão de Obras foi mantida, sendo que os componentes da Comissão receberam oficialmente as justificativas de ausência enviadas pela HBS e pelo secretário.
Uma nova reunião foi deliberada para a próxima semana, convidando o secretário para esclarecimentos sobre o processo. A Tribuna também procurou a prefeitura, para que se manifestasse sobre o cancelamento do projeto, mas até o fechamento da edição não havia se manifestado, preferindo o silêncio que vem mantendo, desde os primeiros entraves para o seu desenvolvimento. As duas últimas matérias foram publicadas nas edições dos últimos dias 27 de maio e 2 de junho.

 

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