Limeira registra uma morte por febre maculosa neste ano
Em 2023, são 14 casos suspeitos, oito descartados, cinco aguardando resultados e um confirmado com óbito
Antonio Claudio Bontorim
LIMEIRA
claudio.bontorim@tribunadelimeira.com.br
A morte de quatro pessoas por febre maculosa confirmadas em Campinas, após participarem de evento na Fazenda Santa Margarida, que também é frequentada por muitos limeirenses, e duas mortes suspeitas, acendeu o alerta na região e vem sendo notícia em todo o país. Os responsáveis pelo local, que é uma área rural no Distrito de Joaquim Egídio, divulgaram comunicado na quarta-feira, 14, lamentando o ocorrido além de tratar das medidas que estão sendo tomadas em conjunto com o Devisa (Departamento de Vigilância Sanitária) de Campinas, como um plano de ação e os devidos cuidados para os próximos eventos, ao longo dos últimos seis meses do ano.
Nesse sentido, a Tribuna de Limeira procurou a Secretaria de Saúde do Município, que informou as ocorrências entre 2022 e até a última terça-feira, 13, em Limeira. De acordo com a pasta, “em 2002, foram notificados 42 casos suspeitos de febre maculosa e três confirmados, que evoluíram a óbito; e, neste ano, até a terça-feira, 13, foram notificados 14 casos suspeitos; oito foram descartados; cinco aguardam resultado e um foi confirmado também levando o paciente a óbito”. Conforme a pasta, quando recebe a notificação de casos suspeitos, a Divisão de Zoonoses realiza a investigação de identificação do LPI (Local Provável da Fonte de Infecção) e a técnica do levantamento acarológico, para identificação da presença de carrapatos.
Segundo a Saúde, em locais positivos para a presença do carrapato-estrela, o Amblyomma sculptum, são colocadas placas informativas alertando a população sobre os cuidado e riscos da doença, além das unidades de saúde que devem ser procuradas. “Junto à Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, também são realizadas ações educativas em escolas, e outros espaços, com palestras, distribuição de folders e cartazes”, lembrou a nota, informando que há, ainda, veiculação dessas campanhas educativas em mídias sociais, e encaminhamento de material informativo às unidades de saúde do município.
Outra medida são as orientações a médicos que prestam o atendimento a pacientes com sintomas da doença, como febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, entre outros, que são causadas pela da bactéria Rickettsia rickettsii, responsável por causar a febre maculosa brasileira, cujo principal vetor é o carrapato-estrela. “A Prefeitura informa, também, que realiza aplicação de carrapaticida e faz a manutenção das gramíneas e outras espécies de capins com roçagem mecanizada nos parques”, finalizou a nota.