Insegurança assustadora

Insegurança assustadora

Passados os primeiros meses da pandemia, algo assustador começou a acontecer, dentro daquilo que seria conhecido como o “fique em casa, a economia a gente vê depois”. Com o passar dos dias, houve um aumento lento, mas constante, do número de conhecidos isolados ou internados. Até o início da vacinação em massa, isso foi um indicador que, de fato, a doença não só existia como se alastrava rapidamente. Pois bem. Estamos bem distantes das eleições que mudaram não apenas o presidente da República, mas os governadores, e por que devemos nos lembrar disso? Porque exatamente hoje, dia de Santo Antonio, milhares de encarcerados serão beneficiados com a famigerada “saidinha” do sistema prisional. Só em Taubaté, “residência” dos mais famosos, mais de uma centena ganhará as ruas e fica a dúvida: em que prateleira ficaram as promessas de endurecimento desses benefícios? Na semana passada, um investigador policial relatava o aumento alarmante do número der roubos e furtos em nossa região. No centro de Campinas, destacou ele, os registros de assaltos ultrapassaram todas as estatísticas e especificamente em Limeira, cresce assustadoramente o furto de carros, seminovos inclusive. Perguntei a ele a explicação para essas ocorrências e ele informou que a falta de peças e componentes eletrônicos atraiu a migração de criminosos para este setor. Além disso, com as facilidades do Mercado Livre, os bandidos ficam à vontade para comercializarem as peças que desejem. Tal e qual o aumento da pandemia, faça o teste: quantas pessoas em seu entorno não foram roubadas recentemente? Certamente as encontrará, como a partir de hoje muitos podem se deparar com detentos beneficiados pela “saidinha”. As eleições, é bom lembrar, mudam os gestores e com eles o direcionamento de políticas públicas. Nem em Brasília, tampouco em São Paulo, existem indicadores que os criminosos terão vida dura daqui para a frente. Ou seja, esta selvageria tende a aumentar e estamos cada vez mais por nossa conta e risco, e muito risco.

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