Outras intenções
EDITORAL
Prefeituras, em geral, só atendem a pequenas ou grandes demandas populares quando uma pessoa ou um pequeno grupo exerce muita influência nessa esfera de poder. Portanto, o inesperado “fechamento” do Parque Cidade para eventos médios e grandes tem algo ainda indecifrado. Segundo informações oficiais, “o decreto que restringe a realização de eventos festivos no Parque Cidade, publicado nesta terça-feira (19), afeta somente os eventos de médio e grande impacto, mantendo, portanto, no parque os eventos culturais, artísticos, recreativos, esportivos e educativos de Limeira. A decisão de não realizar grandes eventos no Parque Cidade foi tomada devido à falta de estrutura adequada para esse tipo de atividade. Entre os principais problemas estão a capacidade limitada de público, a inexistência de estacionamento apropriado, o impacto do som alto em áreas residenciais e a ausência de condições adequadas de segurança e emergência, fatores que podem inclusive inviabilizar a emissão de alvarás pelo Corpo de Bombeiros”. Entre os motivos alegados, todos são contornáveis, levando-se em conta que essas adaptações podem ser pontuais. Ou seja, a depender do evento. Seguindo essa linha, questões estruturais do Parque Cidade mereceriam, ao contrário das restrições, estudos técnicos para melhorá-lo, posto sua localização estratégica no município. Jurandyr Paixão, por exemplo, cansava de distribuir ingressos quando a Festa do Peão de Limeira era realizada exatamente ali, quando a Hípica era conduzida por seu filho. Tendo a concordar, portanto, com a opinião do companheiro Antonio Claudio Bontorim, que associa a medida ao desinteresse da atual administração em dar continuidade a grandes eventos que marcaram a administração anterior. Por enquanto é a explicação mais factível. E, cá entre nós, relativamente certeira. Sem coxinhas Limeira poderá sobreviver em paz.
Roberto Lucato
Ilustração: Prefeitura de Limeira